quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Bruna Souza

Chamo-me Bruna Souza e tornei-me membro em março de 2012.
Antes de tornar-me membro, eu vivia em um mundo de verdades criadas, que era bom e belo. Mas as verdades superficiais são esquecidas. O meu bem era fraco e aparentemente se limitava a dormir bem e alimentar bem o corpo. O meu belo eram as artes contemporâneas e tinham que ser cada vez mais magníficas e diferentes para que pudesse de fato sentir algo vibrar! Ou seja, eu era o que eu vivia… Uma intelectual superficial, irreal e fraca.
Eu não tinha um relacionamento tranquilo com a minha família, principalmente com o meu irmão mais novo, pois sempre o critiquei muito. Sempre tive um salário acima da média de mercado, chegando a ganhar quase três vezes mais que o piso salarial proposto à minha função. Porém, sempre fiz mau uso do dinheiro, custiava farras caríssimas, as melhores viagens… Sem pensar em construir algo para o futuro.
Aos poucos, sem perceber, um sentimento que parecia ser quase imperceptível me dominava pouco a pouco: sentimentos de desgostos, angústias, insatisfação com a vida, insônia que me levaram até a fase de precisar do remédio para dormir!
Eram pílulas para dormir, pílulas para acordar, pílulas para ficar feliz! E assim eu “controlava” os meus dias.
Primeiro fui perdendo o bem estar com os amigos, depois eu não conseguia mais fluir no trabalho, não aguentava mais tanta pressão e as coisas começaram a desmoronar. Eu, que trabalho com ideias, não conseguia mais ter nenhuma. As minhas palavras não tinham mais o mesmo poder de entusiasmo, eu não conseguia memorizar uma frase e nem relembrar qualquer fato recente porque minha mente não segurava mais nenhuma informação. Isso ia me deixando com característica de alguém fraco e indesejável. Passei a ter mania de perseguição e comportamentos agressivos. Embora tenha sido sempre uma pessoa de comportamento meigo e tranquilo. Já não me reconhecia mais.
E por não me reconhecer mais pensava em largar tudo de maneira inconsequente… Desistir! Mas, se eu parasse… Como seria? Para onde eu iria? O que eu faria?
Com minha mente cada vez mais enfraquecida eu via a minha visão se fechar de uma maneira assustadora. Sentia depressão, insegurança, mal estar, fraqueza, indisposição e sentimento de inferioridade. E o desespero de não saber o que fazer!
Acima de todos os problemas eu tinha que lidar com o meu lado espiritual, pois tinha a mediunidade como algo negativo. Sempre procurei auxilio na doutrina espírita, porém os resultados não eram satisfatórios.

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